"i wake up, another morning
i fall down in another day
somehow i wonder now
is your door still open?
i wake up, another morning
i fall down in another dream
i wake up and fall down anyway.
i wake up and fall down, anyway."
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
"Na vida existe o branco e existe o preto, mas entre esses dois extremos existe o cinza, que não é nem branco nem preto. As pessoas tendem a se aferrar às suas ideias, traumas, experiências, afirmam que isso é branco e que aquilo é preto, porém se esquecem de que tudo é e não é. Por isso eu uso cinza, porque é o branco com a sutil essência do preto ou o preto com a sutil essência do branco."
"... era o que restava, além do pesado vazio que se impunha sobre mim, a sequência da vida que me subjugava, implicando abandono, implicando resistência, implicando o existir e uma obscura esperança, fome e sede e um deserto de onde eu não sabia sair, não existia porta, janela, chaminé, túnel, corredor, escada, não existia saída nem entrada, nem chave, nem cofre, nem segredo, e não existia sótão, porão ou esconderijo, não existia passagem secreta, não existia saída, só se existia, eu, eu e uma cadeira, eu e um pernilongo, eu e uma estranha, eu e uma família, eu e um poema, eu e um céu, eu e um espelho que reflete tudo e tudo que é, é questionável e tudo que foi talvez não tenha sido."
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
"Só a personagem conta, a paisagem não é e não deve ser mais que um acessório. A paisagem só deve servir para fazer compreender melhor o caráter de uma personagem. Corot só é grande pelas sua personagens, o que é igualmente válido para Millet, Renoir, Manet e Whistler. Quando os pintores de retrato fazem paisagens, tratam-nas como um rosto; as paisagens de Degas são extraordinárias, porque são paisagens de sonho; as de Carrière pareciam-se com máscaras humanas! Monet que abandonou a personagem, o que não teria podido fazer!"
"Meu diário, que abandonei há algum tempo, voltou a cair-me em mãos hoje e fiquei surpreso ao ver quão conscientemente, e passo a passo, vim a parar no estado em que estou; com quanta clareza sempre vi a minha situação e, de qualquer forma, segui procedendo como uma criança; agora mesmo sigo vendo tudo tão claro e não vislumbro indício algum de emenda!"
"Não posso, não posso; tenho de fazer ouvidos de mercador e bater com a cabeça contra as paredes; sim, e tudo isto por causa de uma arte que me escapa e que nunca saberá tudo o que eu tive de sofrer por ela... Ai, minha querida avó, faz bem em nunca se entregar da maneira como eu fiz à pintura. É muito pior que o Latim, se se quiser levar a sério, como eu quero."
"Às vezes digo para mim mesmo: "O teu destino é único, podes considerar todos os outros felizes... nenhum mortal foi tão martirizado quanto tu..." E depois disso leio qualquer poeta antigo, e é como se lesse no meu próprio coração. Tenho de suportar tanto! Ah, terá havido antes de mim homem tão miserável?"
terça-feira, 9 de agosto de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
Por vezes almejo a solidão: que mais nenhuma pessoa invada meu espaço para fazer o que bem entender dele, sem, muitas vezes, parar para pensar sobre o impacto que causa em cada pedacinho de mim, dos abismos aos becos, seja ele bom ou ruim; que não penetrem no meu coração, que não saciem suas ânsias e seus desejos, para que depois eu não sofra desejando mais, e que no final de tudo, não receba mais nada. Almejo não precisar olhar sempre os mesmos rostos fingindo um sorriso ou um "bom dia", escondendo minha louca vontade de sair correndo para bem longe, uma vontade que beira ao desespero. Almejo também, por alguns segundos apenas, desistir daquilo que mais me faz bem, e que por outro lado, mais me faz sofrer.
Porém, por outras vezes não almejo a solidão: quero-a bem longe de mim (embora ela esteja, felizmente e infelizmente, mais presente do que ausente). Por conseguinte, disperso todos os meus almejos anteriores, porque lá no fundo ainda existe algo que me diz, quase num sussurro, que ainda vale a pena: tudo, todos. E se, por alguns segundos penso em desistir, nos outros restantes lembro que o amor dentro de mim é muito maior que essa vontade gritante e ensurdecedora.
E não importa se as pessoas ao meu redor não correspondem às minhas expectativas, nem se param para me escutar ou sequer fazem algum esforço para me entender, enquanto houver este sussurro dentro do meu coração, que por mais leve que seja, percorre cada milímetro do meu exterior e interior, continuarei a acreditar na chegada de alguém que me faça sentir compreendida com um apenas um olhar, que segure as minhas mãos enquanto diz: "Está tudo bem, isso vai passar. Eu te entendo.", sem dizer uma palavra sequer de modo impensado, como a maioria arrebatadora faz, infelizmente, mas que diga com o coração, e que depois disso tudo me abrace, como uma forma de dizer que, além da arte, tenho a quem recorrer, tenho aonde me perder (nos seus braços), e que me socorra e nunca me deixe cair dentro do meu próprio abismo. Que faça isso sempre que perceber, sem precisar de eu dizer uma única palavra de socorro, e nunca mais me faça ter e sentir desejos tão agonizantes.
E que preencha este vazio dentro de mim, quantas vezes for preciso.
Porém, por outras vezes não almejo a solidão: quero-a bem longe de mim (embora ela esteja, felizmente e infelizmente, mais presente do que ausente). Por conseguinte, disperso todos os meus almejos anteriores, porque lá no fundo ainda existe algo que me diz, quase num sussurro, que ainda vale a pena: tudo, todos. E se, por alguns segundos penso em desistir, nos outros restantes lembro que o amor dentro de mim é muito maior que essa vontade gritante e ensurdecedora.
E não importa se as pessoas ao meu redor não correspondem às minhas expectativas, nem se param para me escutar ou sequer fazem algum esforço para me entender, enquanto houver este sussurro dentro do meu coração, que por mais leve que seja, percorre cada milímetro do meu exterior e interior, continuarei a acreditar na chegada de alguém que me faça sentir compreendida com um apenas um olhar, que segure as minhas mãos enquanto diz: "Está tudo bem, isso vai passar. Eu te entendo.", sem dizer uma palavra sequer de modo impensado, como a maioria arrebatadora faz, infelizmente, mas que diga com o coração, e que depois disso tudo me abrace, como uma forma de dizer que, além da arte, tenho a quem recorrer, tenho aonde me perder (nos seus braços), e que me socorra e nunca me deixe cair dentro do meu próprio abismo. Que faça isso sempre que perceber, sem precisar de eu dizer uma única palavra de socorro, e nunca mais me faça ter e sentir desejos tão agonizantes.
E que preencha este vazio dentro de mim, quantas vezes for preciso.
Assinar:
Postagens (Atom)